segunda-feira, 6 de dezembro de 2010

recomeçando...

Foi incrível a intensidade de coisas que aconteceram nos últimos meses.

Não tive condições de expressar absolutamente nada no meu espaço de pensar. Ou ao menos tentar.

Dezembro esta sendo cansativo e triste.

Quero terminar de ler “O Ano da Morte de Ricardo Reis” de Saramago. Começar a ler “O Amor nos tempos de cólera” de Gabriel García Márquez... Escrever algumas idéias antes que essas desapareçam... a lista de livros ficou gigante... a vontade de ler também.

sexta-feira, 22 de outubro de 2010

Sobre os professores e a escola.

Começo dedicando atenção a um fato ocorrido hoje, durante minha visita a uma escola da cidade, onde nos próximos dias, em conjunto com outros alunos da universidade, farei uma pequena coleta de dados, referente à construção e aplicação do Plano Político Pedagógico da Escola.

A escola, aparentemente boa de estrutura física, instantaneamente fez-me recordar dos anos escolares que vivi em Blumenau. Confesso que escutei o já esquecido toque da sirene, destinada a sinalizar a troca entre as aulas, com certa vontade de reviver esse passado que fica distante a cada dia. Foi entusiasmaste reviver o ambiente escolar.

Fomos recebidos por uma das diretoras. Simpática, dispondo de energia, apesar do avançar da noite, nos ponderou sobre os desafios recentes da escola e do corpo docente.

Ao ganhar confiança de nosso grupo, não conteve a necessidade de desabafar sobre a difícil condição que os mesmos vivem. Doentes.

Essa seria a melhor descrição. Doentes.

Recordo do convívio que tive com alguns professores de Blumenau, durante minha militância no movimento estudantil. Desgastados, cansados, desestimulados, e imobilizados no agir. Tanto no agir das idéias como no agir de uma prática ousada.

Já não é tão atual a idéia da escola ter sido reduzida a um mero depósito de jovens. Que a mesma perdeu toda e qualquer chance dos mesmos serem estimulados a viverem, guiados pelo conhecimento da ciência, da reflexão filosófica, inseridos na tentativa da construção de um novo mundo. Que seria justo, igual e fraterno, recordando a mensagem dos nossos iguais franceses.

Como falar de justiça, igualdade e fraternidade nessa sociedade? Como abrir o coração dessa juventude para a luta, para as utopias? O que fazer com essa geração de professores, afogados no pessimismo?

Ambos enfrentam no seu cotidiano a realidade perversa da violência. Ataques diários de violência em casa, com estupros, relações incestuosas, a utilização de drogas, entre tantas outras descritas pela diretora, de olhar distante, que queria manter um sorriso de simpatia por estar em nossa frente, mas que transmitia um nojo. Era certamente a repulsa desse mundo cruel.

Ontem olhando o vai e vêm dos carros em meu apartamento, pensei muito sobre o ocorrido na escola. Pensei muito sobre a professora, cuja história era um subliminar pedido de ajuda. Quis poder refletir sobre a questão e fiquei imobilizado.

Meus livros encaravam minha alma inutilmente. A dúvida, o inconformismo, a neutralidade, indiferença, quiseram todas juntas vencer essa guerra que é só minha. Diz respeito aos meus sonhos, ao que eu penso desde quando fiz minha primeira leitura do Manifesto do Partido Comunista, aos dezesseis anos.

Nas vésperas de completar vinte e quatro, reabrir o livro, recordando das várias vezes que realizei a mesma leitura. 

“A história de todas as sociedades que existiram até aos nossos dias é a história da luta de classes.
Homens livres e escravos, patrícios e plebeus, senhores e servos, mestres e oficiais, numa palavra: opressores e oprimidos, em oposição constante, travaram uma guerra ininterrupta, ora aberta, ora dissimulada, uma guerra que acaba sempre pela transformação revolucionária de toda a sociedade, ou pela destruição das duas classes beligerantes.

Nas primeiras épocas históricas, constatamos, quase por toda a parte, uma organização completa da sociedade em classes distintas, uma escala gradual de condições sociais: na Roma antiga, encontramos patrícios, cavaleiros plebeus e escravos; na Idade Média, senhores feudais, vassalos, mestres, oficiais e servos, e, além disso, em quase todas estas classes encontramos graduações especiais.

A sociedade burguesa moderna, que saiu das ruínas da sociedade feudal, não aboliu os antagonismos de classes. Apenas substituiu as velhas classes, as velhas condições de opressão, as velhas formas de luta por outras novas.” (Karl Marx -  Manifesto do Partido Comunista)

Sinto-me parte de um todo, de um grupo de homens e mulheres que sonham, agem, sentem, choram e lutam. Não me abandonam, estamos por todos os cantos, em inesperados cantos do mundo.

Não é possível abandonar a consciência já adquirida. Necessitamos de maior comprometimento, tanto no sentido de refletir como de agir.

Aos novos professores, categoria que me encontro, estaremos juntos, lado a lado nessa difícil, mas apaixonante tarefa de lutar pela humanidade.

Precisamos de esforços na tentativa constante de interpretar a moderna sociedade moderna que vivemos. Compreender as transformações de classes, que substituíram as velhas condições de opressão, para novas formas.

Necessitamos definir o nosso lado. Eu já optei por um. Não rediscuto essa opção, apenas as condições de como realizaremos essas transformações.

“É fraqueza não encarar de frente o severo destino do tempo em que se vive”. (Max Weber) 

sexta-feira, 15 de outubro de 2010

O dia do professor...

Cedo notei que algo intenso acontece na vida dos jovens brasileiros. Uma pressão diária acerca do futuro, da vida, sendo indagado em diversos momentos com o famoso: “o que você vai ser quando crescer?”

Essa necessidade de ter claro um projeto pessoal, vai além do simples e ingênuo sonho do jovem ou da criança. Penso que tem um peso, algo que pode nos levar a um sentimento angustiante referente o futuro próprio.
Precocemente, aprendi admirar a figura do mestre, professor. Este que curiosamente fica marcado na vida de milhares de pessoas, porque duvido que em algum momento da vida, alguém não tem recordações de um mestre. Uma mulher ou homem, que consegui imprimir lembranças positivas ou até negativas, traumatizantes, em nossa vida escolar, acadêmica ou em outros espaços.
O destino levou minha vida de encontro com a educação, virei um leitor fervoroso, desenvolvi uma capacidade de crítica e aos 16 anos embarquei na luta por uma educação transformadora.
Escolhi cedo meu destino, serei professor.
Muitos já criticaram essa escolha, entre os outros que irão fazer as mesmas ressalvas, acerca do salário, das condições, de nossas crianças.
Respondo que não encaro esta uma profissão. É opção consciente e que pretendo dar um caráter revolucionário e militante.
Reconheço o conteúdo idealista dessas frases. 
Não existe outra opção em minha vida. “É fraqueza não encarar de frente o severo destino do tempo em que se vive” Weber.
Professor e as Ciências Sociais, serão paixões verdadeiras em minha vida.
E comemorando o dia dos professores digo:
- professores, união será necessária para construir uma nova educação;
- alunos, união será fundamental para lutar, contra tudo de injusto em nossa educação. Seu caráter autoritário, baixa qualidade e pouca perspectiva de construir uma consciência criticam e oportunidades para nossa juventude;
- EU, comprei o livro “Escola e democracia” – Dermeval Saviani. Vou estudar esse clássico nos próximos dias. 

quinta-feira, 14 de outubro de 2010

Diários...

Recentemente realizei uma compra significativa de livros. Nada de clássico, tirando Robin Hood, versão escrita do ilustrador e escritor Howard Pyle. Robin da Floresta, como é conhecido em Portugal é um personagem simbólico e uma história gostosa da infância já tão distante.

Desses livros adquiridos, um em especial não larguei até o presente momento. São “Diários de Uma Guerra Estranha” de Sartre, que reúnem suas reflexões acerca de sua participação da Segunda Grande Guerra, executando serviços meteorológicos para o Exército. 

O representante do existencialismo abusa da sensibilidade literária, registrando fatos do cotidiano, nesse caso conflituoso da participação de uma guerra.

Percebi que não é a primeira vez que fico transtornado e admirado com os registros de diários. Acreditando profundamente que quando iniciei “pensar, pensar...”, foi à equação perfeita, podendo reunir o meu eu, biográfico, no clima íntimo do diário particular. Particular esse, escondido durante anos pela vergonha em expressar e agora de alguma forma escancarado no virtual.

“Diários de uma Guerra Estranha” fez recordar minha primeira leitura de Sarte, “A Náusea”, título do romance, diário do historiador Antonie Roquentin, que viaja na busca de escrever a biografia do marquês de Rollebon.

Registrar, essa capacidade única de homens que observam homens. A reflexão do homem sobre o homem e sua sociedade, para lembrar o antropólogo Laplatine.

O desenvolver de uma sensibilidade de observação e descrever, sentidos, formas, expressões, sentimentos é único da nossa condição humana e vem animando o meu eu. Lembrando de Sartre em seu diário que afirmava, que “podendo escrever, sinto felicidade”.

Nesse espírito inquieto, animado e inspirado de hoje, o destino fez minha amiga Amanda, aquela menina capaz de emocionar minha razão com depoimentos de quando nos conhecemos, trouxe um desafio.

A necessidade de preservar a memória de um personagem de sua cidade, um bispo, um homem da Igreja. Que parece ser um homem de espírito público, politizado, um desses homens de virtudes, de humanidade, homem que pensa o mundo.

Querida Amanda, só resta dizer que estarei aqui para ajudar. Resgatar essa história será missão sua. Porém preservar o teu espírito inquieto é minha tarefa. 

sexta-feira, 1 de outubro de 2010

No Equador: "O golpe já está perdido"


No Equador: “O golpe já está perdido”

Depois de aproximadamente 12 horas isolado no Hospital da Polícia Metropolitana, Rafael Correia foi ao encontro de milhares de pessoas concentradas em frente do palácio presidencial.

A iniciativa de golpe, esse triste episódio, que mancha a democracia equatoriana, foi criticada energicamente por diversos líderes latino-americanos, praticamente todos os países, além de organizações de integração do continente como a OEA, Unasul, Mercosul, etc.

Depois do “susto” fica visível a existência de forças que buscam dominar o continente através da violência, autoritarismo, do preconceito contra a autonomia dos povos latino-americanos.

Infelizmente o enfrentamento entre as forças golpistas no equador eternizaram cenas terríveis de guerra.

Segue algumas delas, que extrai do blog do presidente venezuelano Hugo Chaves.







Nossa América Latina vive um momento de importantes experiências. 

Viva a união dos povos latino-americanos! 


quinta-feira, 30 de setembro de 2010

¡Los golpistas no pasarán!

América Latina, Brasil, 30 de setembro de 2010.

¡Los golpistas no pasarán!

Não tenho dúvidas que vivemos em um mundo transformado, diferente de dez anos atrás.

Aparentemente questões estruturais como a hegemonia do sistema do capitalista se mantêm firme, com as já conhecidas oscilações constantes e que recentemente foram maximizadas por uma grave crise financeira originaria nos EUA, capaz de demonstrar a falência e esgotamento do receituário neoliberal.

A crise proporcionou pensar que em longo prazo, poderíamos atingir um mundo mais equilibrado e menos refém da potência hegemônica dos EUA. Isso porque a crise proporcionou o crescimento e a união de nações emergentes, como o Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul, mudando o cenário da conjuntura internacional.

Na América Latina, que já foi no passado um laboratório bizarro do neoliberalismo e da política imperialista dos EUA, fomos capazes de iniciar movimentos no caminho da libertação. Construindo alternativas, com governos democráticos, populares e hoje somos laboratório efervescente na resistência anti-imperialista.

Essas nações vêm construindo suas experiências, focadas em transformações que retomam o desenvolvimento soberano e a cooperação com os demais países do continente, fortalecendo instrumentos como o MERCOSUL, UNASUL, Banco do Sul, TELESUL, ALBA, etc.

Os países de nossa América Latina, que vem rompendo suas amarras com o imperialismo, encontram em suas elites nacionais uma contra-ofensiva que explora as contradições desses processos mudancistas, criando tensões sociais, visando a instabilidade das democracias constituídas. Exemplo emblemático disso é a deposição do presidente Manuel Zelaya de Honduras, tornando-se símbolo do desrespeito pela escolha absoluta do povo em pleno século XXI.

Hoje, fiquei preocupado com os acontecimentos em nosso país amigo, Equador. Assolado por atos da violência, de desrespeito às instituições e ao poder civil legitimamente constituído na figura do Presidente Rafael Correia.

O Brasil nesse exato momento vivencia um processo democrático de disputa eleitoral, sendo fundamental recordar que desde a eleição do presidente Lula esse tornou-se vítima do sentimento golpista, elitista e preconceituoso, que não aceita que: “é preciso deixar o povo tomar a decisão dentro de um processo eleitoral legítimo, dentro de um civilizado embate de idéias, sem desqualificações açodadas e superficiais...” (Carta ao Povo Brasileiro)

No caso do Equador, ampla maioria dos países do continente já manifestaram apoio ao presidente Rafael Correia e lideranças dos diversos países que compõem a Unasul estão a caminho de Buenos Aires para reunião extraordinária. Além disso estão em curso movimentos para uma resposta firme e coordenada pelos órgãos do Mercosul, do Grupo do Rio e da OEA.

Acompanhar os desdobramentos será fundamental e necessário.

Porém uma coisa é certa!

Em nossa América Latina ¡Los golpistas no pasarán!

Todo o apoio a Rafael Correia e ao governo democrático do país amigo Equador.

quarta-feira, 29 de setembro de 2010

"euro-manifestações" estão levando milhares de pessoas as ruas em toda a Europa no dia de hoje.

Em recente visita a uma livraria, tive a oportunidade de encontrar um livro sobre a obra de Max Weber que destacava uma citação de sua autoria.

“É fraqueza não encarar de frente o severo destino do tempo em que se vive” Weber.

A frase não saiu da minha cabeça, principalmente enquanto assistia o filme de Michal Moore: “Capitalismo: uma história de amor”, onde Michael com seu espírito denuncista mostra a realidade desse sistema perverso que é o capitalismo. As contradições desse sistema sustentado pela caça ao lucro.

O filme é uma obra, realiza uma analise sobre o impacto desastroso da dominação corporativa (grandes empresas, grandes interesses econômicos) sobre nossas vidas.

Não quero me colocar aqui na condição de pessimista e sim na de otimista, porém estamos necessitando de algo mais.

Necessitamos de mais energia no combate a essa sociedade injusta.

Hoje (29 de setembro), Bruxelas e Madri são palcos da luta de classes nas ruas.

Milhares de trabalhadores unidos no início do que esta sendo chamado de “euro-manifestações”, convocadas pelos sindicatos europeus, numa luta direta contra as medidas de austeridade.

Essas medidas inviabilizam os projetos de desenvolvimento e a continuidade de investimentos sociais, promovendo o corte dos chamados gastos públicos.

O lema da greve é “Não à austeridade. Prioridade ao emprego e ao crescimento”.
E vale destacar que são greves gerais.

"Vida tem sentido quando há ideal a defender" ... Fidel Castro

Viva a luta dos trabalhadores!

terça-feira, 28 de setembro de 2010

Reflexões sobre o papel da imprensa nas eleições 2010

A reta final das eleições chegou.

Tudo indica que dia 3 de outubro, elegeremos a primeira mulher presidente da República Federativa do Brasil.

Confesso que fico imaginando minha reação ao confirmar a opção de ampla maioria dos brasileiros.

A certeza é que estarei emocionado e confiante nos próximos quatro anos do Brasil e do simbolismo de uma mulher no posto máximo de nossa república.

Dessa eleição necessitamos de avaliações críticas e enérgicas, para assim enfrentar o pensamento conservador de nossa sociedade e a construção de um pensamento democrático e libertador.

Necessitamos do empenho dos setores avançados da sociedade em articular e intensificar uma massiva politização. Um exemplo foi a manifestação pública de um grupo de juristas renomados que rebateram a tese do autoritarismo e da ameaça à democracia difundida amplamente pela grande imprensa nacional.

Segue abaixo o manifesto e seus respectivos autores:

Em uma democracia, todo poder emana do povo, que o exerce diretamente ou pela mediação de seus representantes eleitos por um processo eleitoral justo e representativo. Em uma democracia, a manifestação do pensamento é livre. Em uma democracia as decisões populares são preservadas por instituições republicanas e isentas como o Judiciário, o Ministério Público, a imprensa livre, os movimentos populares, as organizações da sociedade civil, os sindicatos, dentre outras.

Estes valores democráticos, consagrados na Constituição da República de 1988, foram preservados e consolidados pelo atual governo.

Governo que jamais transigiu com o autoritarismo. Governo que não se deixou seduzir pela popularidade a ponto de macular as instituições democráticas. Governo cujo Presidente deixa seu cargo com 80% de aprovação popular sem tentar alterar casuisticamente a Constituição para buscar um novo mandato. Governo que sempre escolheu para Chefe do Ministério Público Federal o primeiro de uma lista tríplice elaborada pela categoria e não alguém de seu convívio ou conveniência. Governo que estruturou a polícia federal, a Defensoria Pública, que apoiou a criação do Conselho Nacional de Justiça e a ampliação da democratização das instituições judiciais.

Nos últimos anos, com vigor, a liberdade de manifestação de idéias fluiu no País. Não houve um ato sequer do governo que limitasse a expressão do pensamento em sua plenitude.

Não se pode cunhar de autoritário um governo por fazer criticas a setores da imprensa ou a seus adversários, já que a própria crítica é direito de qualquer cidadão, inclusive do Presidente da República.

Estamos às vésperas das eleições para Presidente da República, dentre outros cargos. Eleições que concretizam os preceitos da democracia, sendo salutar que o processo eleitoral conte com a participação de todos.

Mas é lamentável que se queira negar ao Presidente da República o direito de, como cidadão, opinar, apoiar, manifestar-se sobre as próximas eleições. O direito de expressão é sagrado para todos – imprensa, oposição, e qualquer cidadão. O Presidente da República, como qualquer cidadão, possui o direito de participar do processo político-eleitoral e, igualmente como qualquer cidadão, encontra-se submetido à jurisdição eleitoral. Não se vêem atentados à Constituição, tampouco às instituições, que exercem com liberdade a plenitude de suas atribuições.

Como disse Goffredo em sua célebre Carta: “Ao povo é que compete tomar a decisão política fundamental, que irá determinar os lineamentos da paisagem jurídica que se deseja viver”. Deixemos, pois, o povo tomar a decisão dentro de um processo eleitoral legítimo, dentro de um civilizado embate de idéias, sem desqualificações açodadas e superficiais, e com a participação de todos os brasileiros.



ADRIANO PILATTI - Professor da PUC-Rio

AIRTON SEELAENDER - Professor da UFSC

ALESSANDRO OCTAVIANI - Professor da USP

ALEXANDRE DA MAIA - Professor da UFPE

ALYSSON LEANDRO MASCARO - Professor da USP

ARTUR STAMFORD - Professor da UFPE

CELSO ANTONIO BANDEIRA DE MELLO - Professor Emérito da PUC-SP

CEZAR BRITTO - Advogado e ex-Presidente do Conselho Federal da OAB

CELSO SANCHEZ VILARDI - Advogado

CLÁUDIO PEREIRA DE SOUZA NETO - Advogado, Conselheiro Federal da OAB e
Professor da UFF

DALMO DE ABREU DALLARI - Professor Emérito da USP

DAVI DE PAIVA COSTA TANGERINO - Professor da UFRJ

DIOGO R. COUTINHO - Professor da USP

ENZO BELLO - Professor da UFF

FÁBIO LEITE - Professor da PUC-Rio

FELIPE SANTA CRUZ - Advogado e Presidente da CAARJ

FERNANDO FACURY SCAFF - Professor da UFPA e da USP

FLÁVIO CROCCE CAETANO - Professor da PUC-SP

FRANCISCO GUIMARAENS - Professor da PUC-Rio

GILBERTO BERCOVICI - Professor Titular da USP

GISELE CITTADINO - Professora da PUC-Rio

GUSTAVO FERREIRA SANTOS - Professor da UFPE e da Universidade Católica de Pernambuco

GUSTAVO JUST - Professor da UFPE

HENRIQUE MAUES - Advogado e ex-Presidente do IAB

HOMERO JUNGER MAFRA - Advogado e Presidente da OAB-ES

IGOR TAMASAUSKAS - Advogado

JARBAS VASCONCELOS - Advogado e Presidente da OAB-PA

JAYME BENVENUTO - Professor e Diretor do Centro de Ciências Jurídicas da
Universidade Católica de Pernambuco

JOÃO MAURÍCIO ADEODATO - Professor Titular da UFPE

JOÃO PAULO ALLAIN TEIXEIRA - Professor da UFPE e da Universidade Católica de Pernambuco

JOSÉ DIOGO BASTOS NETO - Advogado e ex-Presidente da Associação dos
Advogados de São Paulo

JOSÉ FRANCISCO SIQUEIRA NETO - Professor Titular do Mackenzie

LENIO LUIZ STRECK - Professor Titular da UNISINOS

LUCIANA GRASSANO - Professora e Diretora da Faculdade de Direito da UFPE

LUÍS FERNANDO MASSONETTO - Professor da USP

LUÍS GUILHERME VIEIRA - Advogado

LUIZ ARMANDO BADIN - Advogado, Doutor pela USP e ex-Secretário de Assuntos
Legislativos do Ministério da Justiça

LUIZ EDSON FACHIN - Professor Titular da UFPR

MARCELLO OLIVEIRA - Professor da PUC-Rio

MARCELO CATTONI - Professor da UFMG

MARCELO LABANCA - Professor da Universidade Católica de Pernambuco

MÁRCIA NINA BERNARDES - Professora da PUC-Rio

MARCIO THOMAZ BASTOS - Advogado

MARCIO VASCONCELLOS DINIZ - Professor e Vice-Diretor da Faculdade de
Direito da UFC

MARCOS CHIAPARINI - Advogado

MARIO DE ANDRADE MACIEIRA - Advogado e Presidente da OAB-MA

MÁRIO G. SCHAPIRO - Mestre e Doutor pela USP e Professor Universitário

MARTONIO MONT'ALVERNE BARRETO LIMA - Procurador-Geral do Município de
Fortaleza e Professor da UNIFOR

MILTON JORDÃO - Advogado e Conselheiro do Conselho Nacional de Política Criminal e Penitenciária

NEWTON DE MENEZES ALBUQUERQUE - Professor da UFC e da UNIFOR

PAULO DE MENEZES ALBUQUERQUE - Professor da UFC e da UNIFOR

PIERPAOLO CRUZ BOTTINI - Professor da USP

RAYMUNDO JULIANO FEITOSA - Professor da UFPE

REGINA COELI SOARES - Professora da PUC-Rio

RICARDO MARCELO FONSECA - Professor e Diretor da Faculdade de Direito da
UFPR

RICARDO PEREIRA LIRA - Professor Emérito da UERJ

ROBERTO CALDAS - Advogado

ROGÉRIO FAVRETO - ex-Secretário da Reforma do Judiciário do Ministério da Justiça

RONALDO CRAMER - Professor da PUC-Rio

SERGIO RENAULT - Advogado e ex-Secretário da Reforma do Judiciário do Ministério da Justiça

SÉRGIO SALOMÃO SHECAIRA - Professor Titular da USP

THULA RAFAELLA PIRES - Professora da PUC-Rio

WADIH NEMER DAMOUS FILHO - Advogado e Presidente da OAB-RJ

WALBER MOURA AGRA - Professor da Universidade Católica de Pernambuco

                                                                              ***
Sobre a imprensa hegemônica nacional, nunca tive dúvidas acerca de sua falta de qualidade, esta será sem dúvidas a grande derrotada nas eleições de 2010.

Seus jornais, revistas, televisões e outras ferramentas, sempre carregaram nas manchetes preconceituosas, contra a classe dos trabalhadores e estudantes organizados em movimentos sociais. As manchetes ridicularizaram os oito anos do presidente Lula, ofenderam e humilharam em alguns momentos, na minha opinião.

Resta a sociedade realizar uma reflexão sobre o papel da mídia nessas eleições. 

quarta-feira, 8 de setembro de 2010

Desenvolvimento!

Um dos temas que tem ocupado meus estudos é a questão do desenvolvimento e conseqüentemente estou me aproximando da figura genial de Celso Furtado.

Estou lendo um livro que é a compilação de aulas ministradas na PUC de São Paulo, no ano de 1975, quando o Furtado retornou do Brasil fruto do exílio.

O livro, no seu final, tem publicada uma entrevista realizada por Claudio Cerri, para a o Jornal da Tarde (16 de junho de 1975) que descreve o intelectual.

“A magreza: é de um porte esguio e elegante. O rosto e os cabelos envelhecidos: acentuam os olhos azuis ainda brilhantes. O sotaque nordestino: quase imperceptível (entremeando de citações em francês que ajudam quando o termo em português foi perdido na memória), acusa uma permanência de mais de onze anos fora do Brasil. O ofício: é de professor de economia com uma cátedra na Universidade de Sorbonne e com seis livros publicados e escritos no exterior, que já venderam mais de meio milhão de exemplares pelo mundo afora. Além disso, há que se acrescentar o zelo extremo em tratar de questões referentes ao seu próprio país...” 

Geraldo Ataliba reitor da PUC-SP em correspondência, encontrava-se motivado pela oportunidade de trazer Furtado ao Brasil.

“... não só fiquemos em condições de dar uma boa contribuição ao desenvolvimento, de uma linha científica diferente, no panorama econômico brasileiro, como ainda vejo a possibilidade de, mediante a formação de pessoal docente qualificado, criar os quadros necessários para uma renovação na nossa Faculdade de Economia.”

Furtado em artigo publicado, revela um otimismo, fundando em projeto audacioso, a transformação social.

“... existem indícios de que se gesta uma época de convergências para uma concepção do desenvolvimento que implica em novo projeto civilizatório.”

Aguardo ansioso que o tempo livre venha proporcionar tempo de leitura satisfatório para dar continuidade a leitura do livro e conhecer um pouco da Economia do Desenvolvimento, pensada por Furtado.

sábado, 4 de setembro de 2010

Golpe no ar!!!!

Não estou conseguindo acompanhar como deveria e queria as acusações feitas ao Partido dos Trabalhadores e à campanha de Dilma Roussef, relacionadas aos episódios de quebra de sigilo na Receita Federal.

Esse tema merece atenção, isso porque tudo indica que a direita, desesperada quer ganhar as eleições no TAPETÃO, e as ações judiciais encaminhadas pelo Partido dos Trabalhadores para barras as injurias, calúnias, difamações não bastam.

É preciso reagir!

Sobre esse caso estou reproduzindo o editorial dessa semana do portal vermelho.org.br  

(...)

"Em junho a Folha de S. Paulo denunciou a violação do sigilo fiscal do dirigente tucano Eduardo Jorge e acusou o comando de campanha de Dilma Rousseff como a origem dessa irregularidade. Mais tarde a denuncia engordou com a inclusão de outros dirigentes tucanos na lista dos que teriam tido suas declarações à Receita Federal acessadas ilegalmente. Agora, aparece nessa lista o nome da filha de José Serra, Verônica. Tudo isso, segundo a denúncia da mídia dos patrões e do cardinalato tucano, mirando o candidato da oposição, o próprio José Serra.
Mais um passo da trama foi dado no dia 1º de setembro, quando o alto comando da campanha da oposição entrou com uma representação no Tribunal Superior Eleitoral acusando o Partido dos
Trabalhadores de montar dossiês anti-tucanos, exigindo a apuração do suposto envolvimento de Dilma Rousseff na quebra dos sigilos e pedindo a cassação de sua candidatura. O corregedor-geral da Justiça Eleitoral, Aldir Passarinho Jr, deu a essa pretensão descabida (e golpista) o destino adequado: o silêncio dos arquivos. Mesmo porque ele avaliou não existe fatos que comprovem a presunção aloprada dos tucanos.
É uma acusação improcedente e inverossímil. Afinal, montada em índices de opinião que superam os 51% de aprovação popular e indicam uma confortável e aparentemente irreversível dianteira sobre o tucano José Serra e a soma das indicações de todos os demais candidatos (o que indica uma vitória já no primeiro turno da eleição), qual o sentido que poderia ter uma iniciativa ilegal contra um adversário que as pesquisas revelam cada vez mais distante?
A estridente campanha da mídia em torno desses supostos dossiês só pode ter um sentido: o de criar fatos para justificar medidas judiciais contra a quase provável eleição de Dilma Rousseff. Isto é, na iminência de perder nas urnas, no voto popular, a direita parece articular-se para disputar nos tribunais, alegando um crime eleitoral cuja prova seria justamente o dossiê formado pela bisbilhotagem que ela alardeia pela mídia.
Essa atitude tem um nome: golpe.

No passado, a direita colocou na rua a classe média conservadora e teve o apoio de chefes militares anticomunistas para afastar do poder políticos que não rezavam por sua cartilha, mas representavam avanços democráticos e sociais como Getúlio Vargas e João Goulart.

Foi à memória desse passado que precisa ser superado que o tucano José Serra referiu-se (e a mídia repercutiu) quando, em encontro com militares reformados (aposentados) no Clube da Aeronáutica (dia 27 de agosto) desenterrou o argumento da direita para derrubar Goulart em 1964: o fantasma da "república sindicalista”, que volta a assombrar os conservadores golpistas, entre os quais ele próprio se inclui ao repetir tal alegação. “Uma grande motivação da derrubada de Jango era que a idea da república sindicalista não tinha a menor possibilidade de acontecer tal a fraqueza do governo. Mas agora fizeram a república sindicalista”, disse ele numa visível incitação à ação militar contra o governo Lula. No passado quem agia assim era conhecido como “vivandeira de quartel”, aqueles que rondavam os homens fardados para reverter derrotas nas urnas. 
Hoje, essa direita golpista já não tem apoio popular (que fim levou o “Cansei”, de 2007?). Com e com os oficiais da ativa das Forças Armadas voltados para seus deveres profissionais e constitucionais, o que resta à direita é um conluio entre retrógrados anciãos do neoliberalismo e o jornalismo decadente da imprensa do grande capital.
Contra a direita, a nação coloca-se quase unânime, como indicam os 96% de aprovação ao governo Lula (soma dos que, nas pesquisas de opinião, consideram seu governo ótimo, bom ou regular). A palavra golpe precisa ser banida do dicionário político brasileiro. O povo não aceita mais saídas à margem da lei e contrárias à soberania popular manifestada nas urnas. Nem a normalidade democrática acolhe aventuras dessa natureza."

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sexta-feira, 3 de setembro de 2010

"Deve ser duro ser tucano nos dias que correm, inclusive quando é cientista político e professor."

Aqui vai uma parte do artigo publicado pelo camarada José Reinaldo Carvalho. No link você encontra o artigo na íntegra. http://www.vermelho.org.br/noticia.php?id_noticia=135800&id_secao=1

 Os acadêmicos tucanos, quem diria, retrocederam 300 anos

Por José Reinaldo Carvalho

(...)

"Deve ser duro ser tucano nos dias que correm, inclusive quando é cientista político e professor."

(...)


"O curioso e inusitado são os “nós” nas cabeças pensantes de setores da academia brasileira ligados ao tucanato. Chegam a ser hilárias as explicações que alguns doutos senhores, cientistas políticos de escol, com diplomas de pós-graduação em universidades estrangeiras e titulares de cátedras de ciência política em nossas melhores universidades, tentam encontrar, em exercício de malabarismo mental, para o fenômeno que se acha em curso na formação da consciência política do povo brasileiro.

Resistentes a concordar com que o Brasil mudou nos últimos 8 anos, alcançando importantes conquistas nos planos político, econômico, social e da política exterior, esses professores encontram explicação para a tendência do eleitorado de votar pela continuidade do governo Lula na “sensação de bem-estar” do povo. Fez lembrar um ex-governador tucano, que diante do aumento vertiginoso da criminalidade no Pará durante a sua gestão, dizia que havia uma “sensação de insegurança”.

O professor falava da “sensação de bem-estar” do povo, durante uma entrevista radiofônica, seguida por um boletim meteorológico que avisava sobre a distância entre a temperatura e a sensação térmica. O ouvinte deve ter ficado um pouco transtornado entre saber se o povo estava vivendo melhor ou apenas se sentindo melhor e sobre que roupa pôr diante do hiato entre a temperatura real e a sensação térmica.

Trivialidades à parte, o que se observa é que a onda avassaladora da campanha de Dilma, que ameaça esfarelar os planos da oposição conservadora e neoliberal, está levando um setor da ciência (!) política brasileira a retroceder três séculos e buscar inspiração no Bispo anglicano Berkeley, idealista subjetivo e empirista, talentoso escritor e filósofo do século 18. Ele não aceitava que as ideias representam alguma coisa diferente delas próprias. Berkeley achava que só existiam ideias e sensações. Ele não aceitava o fato tão natural de que as ideias e as sensações são representações da realidade.

Assim, os nossos cientistas políticos tucanos estão tendo uma recaída ao idealismo subjetivo, retrocedendo três séculos, para encontrar explicações plausíveis aos fenômenos em curso na vida política brasileira, uma realidade que se impõe e que não querem aceitar nem aturar." 

Os 160 anos de Blumenau - SC

Ontem dia, 2 de setembro, comemoramos o aniversário da cidade catarinense de Blumenau.

Costumo dizer que sou de Curitiba – PR, porém adotado por Blumenau, que sem dúvidas acolheu minha família e outras tantas que ficaram ou passaram.

O fato é que não posso ignorar os seus 160 anos de história, parte misturada na minha história e carinho que tenho pela cidade.

Desde ontem resolvi fazer um levantamento bibliográfico que ajude na interpretação do desenvolvimento da cidade. Em parte instigado por ler os jornais da região e verificar um saudosismo que impera em alguns setores da cidade, de lembranças que particularmente não conheci no período da minha infância e adolescência. E também por cultivar a muito tempo uma necessidade de pensar a história de Blumenau por um ângulo mais crítico, fazendo o contraponto à visão hegemônica, que a meu ver não contribui para os desafios da cidade e da região no futuro.

Começando pela saudade de uma Blumenau descrita com cidade perfeita, acredito que a síntese do pensamento hegemônico esta representado, com sempre, no artigo do colunista do Jornal de Santa Catarina (RBS/GLOBO) Valther Ostermann:

 “Blumenau já está bem grandinha, e completa 160 anos. Vive uma crise de tamanho, assustada com o trânsito que era fácil e deixou de ser, o nível da violência que não havia antes, a falta de flores nas janelas – nos canteiros têm –, a poluição extrema de seus ribeirões e a miscigenação que tirou dela o epíteto de loira.”
(...)
“Mas continua sendo a melhor cidade do mundo para quem gosta dela. Meu caso. Que voltem, pois, as flores nas janelas, e não se poluam mais seus ribeirões. Que haja tolerância no trânsito e em todos os lugares, e que, melhorando um pouquinho mais, continue sendo a melhor cidade do mundo.”

No período dos últimos desastres naturais ocorridos na cidade, fiz a leitura de um artigo muito interessante de um pastor luterano que resgatava a dificuldade de planejamento em Blumenau desde o período colônia e que até hoje não foi superado e enfrentado de maneira eficiente. (Esse artigo merece ser resgatado, nesse espaço, só que em outro momento.)

Blumenau vive um crescimento, que causa estranheza natural. A mesma deve ser superada com energia, enfrentando os problemas com clareza. Primeiro devemos reconhecer que Blumenau deixou de ser uma colônia alemã há muito tempo e precisa ser pensada como uma cidade cosmopolita.

A cultura e tradições são elementos geracionais, que ou vão se tornar desinteressantes para as futuras gerações ou continuará sendo reconhecida pelas mesmas.

Existe uma necessidade de humanizar a cidade, degradada por uma relação de trabalho fabril e comercial, onde a única válvula de escape desse povo não pode ser um shopping onde poucos consomem. Onde os espaços de convivências esta resumido em um parque que não é acessível a todos e muito menos aos ônibus e terminais urbanos, onde as pessoas participam de uma dança sincronizada, alienadas pelo cansaço e cotidiano massacrante.  

 A cidade que repentinamente é atingida pela natureza (e continuará), deve estar preparada para tais acontecimentos, podendo assim minimizar, tanto em número de vidas como economicamente.

Blumenau conta com privilégio de uma Universidade do porte da FURB, centro de muita tradição e que reúne uma inteligência considerável e que passa por um momento de discussão, refletindo um pouco dessa Blumenau transitória entre o passado e o futuro.

Hoje em pleno processo de eleição para a reitoria, alegra saber que a bandeira da chapa 2, do meu ex-professor Valmor Schiochet é a discussão de uma Universidade mais Pública, mais Democrática e mais Humana. Combina com Blumenau hoje.

A mesma precisa ser MAIS PÚBLICA, MAIS DEMOCRÁTICA E MAIS HUMANA.

Como a FURB, Blumenau também vive um contexto de crises, incertezas e possibilidades.

Mesmo assim, parabéns.



Obs: Estou tentando encontrar meu estilo literário. Desculpe as incoerências. O que importa é a tentativa. 

quinta-feira, 2 de setembro de 2010

Enfim uma nova frente de luta!

Tive a oportunidade de crescer com essa tecnologia fantástica que é a Internet., sendo que esta nos colocou a possibilidade de nos comunicarmos com o mundo.

Algumas de suas ferramentas não despertavam meu interesse ou simplesmente causavam estranhamento. 

Uma delas, OS BLOGS.

Em primeiro lugar por acreditar que era incapaz de escrever.

Segundo, sou adepto da comunidade “escrevi mais não mandei”.

Terceiro, jurava ser inutilidade, lixo virtual e perda de tempo.

Agora que vivo um dos melhores momentos de produção textual da minha vida, tomei coragem de refletir sobre esse fenômeno que são as redes sociais, entre eles os blogs.

Também digeri meu preconceito sobre os mesmos e pretendo aqui nesse espaço virtual (muito real), expressar opiniões e reproduzir conteúdos a partir de uma visão crítica, democrática e progressista.

Dois fatos que estimulam essa nova empreitada:
  1. 1º Encontro Nacional do Blogueiros Progressistas – realizado aqui no Brasil, o encontro de blogueiros, reuniu militantes virtuais espalhados pelo país e que constroem este novo tipo de movimento social, no momento em que é possível notar o decorrente acúmulo de energias pela democratização da comunicação e uma nova consciência no país de que é preciso enfrentar a ditadura midiática, concentrada, verticalizada e manipuladora.
  2. Uma nova forma de fazer movimento social – através do Instituto Brasileiro de Análises Sociais e Econômicas (Ibase), em parceria com o Instituto Polis, foram ouvidos diversos jovens que participam de grupos organizados, como movimentos femininos, trabalhadores sem terra, movimento hip hop, entre outros. A conclusão da pesquisa revela que a juventude esta mobilizada, diferentemente das experiências dos anos 70, com a incorporação de blogs e redes sociais como instrumento de luta social.

Como Fidel Castro e toda sua lucidez conservada nos 84 anos de idade, afirmo que: “Não quero estar ausentes nesses dias. O mundo está na fase mais interessante e perigosa de sua existência e eu estou bastante comprometido com o que está acontecendo. Ainda tenho muitas coisas para fazer.”

Nesse primeiro post, renovo meus compromissos com a luta!

Sejam tod@s bem vindos!