quinta-feira, 30 de setembro de 2010

¡Los golpistas no pasarán!

América Latina, Brasil, 30 de setembro de 2010.

¡Los golpistas no pasarán!

Não tenho dúvidas que vivemos em um mundo transformado, diferente de dez anos atrás.

Aparentemente questões estruturais como a hegemonia do sistema do capitalista se mantêm firme, com as já conhecidas oscilações constantes e que recentemente foram maximizadas por uma grave crise financeira originaria nos EUA, capaz de demonstrar a falência e esgotamento do receituário neoliberal.

A crise proporcionou pensar que em longo prazo, poderíamos atingir um mundo mais equilibrado e menos refém da potência hegemônica dos EUA. Isso porque a crise proporcionou o crescimento e a união de nações emergentes, como o Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul, mudando o cenário da conjuntura internacional.

Na América Latina, que já foi no passado um laboratório bizarro do neoliberalismo e da política imperialista dos EUA, fomos capazes de iniciar movimentos no caminho da libertação. Construindo alternativas, com governos democráticos, populares e hoje somos laboratório efervescente na resistência anti-imperialista.

Essas nações vêm construindo suas experiências, focadas em transformações que retomam o desenvolvimento soberano e a cooperação com os demais países do continente, fortalecendo instrumentos como o MERCOSUL, UNASUL, Banco do Sul, TELESUL, ALBA, etc.

Os países de nossa América Latina, que vem rompendo suas amarras com o imperialismo, encontram em suas elites nacionais uma contra-ofensiva que explora as contradições desses processos mudancistas, criando tensões sociais, visando a instabilidade das democracias constituídas. Exemplo emblemático disso é a deposição do presidente Manuel Zelaya de Honduras, tornando-se símbolo do desrespeito pela escolha absoluta do povo em pleno século XXI.

Hoje, fiquei preocupado com os acontecimentos em nosso país amigo, Equador. Assolado por atos da violência, de desrespeito às instituições e ao poder civil legitimamente constituído na figura do Presidente Rafael Correia.

O Brasil nesse exato momento vivencia um processo democrático de disputa eleitoral, sendo fundamental recordar que desde a eleição do presidente Lula esse tornou-se vítima do sentimento golpista, elitista e preconceituoso, que não aceita que: “é preciso deixar o povo tomar a decisão dentro de um processo eleitoral legítimo, dentro de um civilizado embate de idéias, sem desqualificações açodadas e superficiais...” (Carta ao Povo Brasileiro)

No caso do Equador, ampla maioria dos países do continente já manifestaram apoio ao presidente Rafael Correia e lideranças dos diversos países que compõem a Unasul estão a caminho de Buenos Aires para reunião extraordinária. Além disso estão em curso movimentos para uma resposta firme e coordenada pelos órgãos do Mercosul, do Grupo do Rio e da OEA.

Acompanhar os desdobramentos será fundamental e necessário.

Porém uma coisa é certa!

Em nossa América Latina ¡Los golpistas no pasarán!

Todo o apoio a Rafael Correia e ao governo democrático do país amigo Equador.

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